Russell Brand 'cancelado' em toda a linha: sem agente, sem espetáculos e sem contrato literário

Russell Brand está a assistir a um colapso total da sua carreira, após quatro mulheres o terem acusado de alegados abusos sexuais e violação.

Esta semana, o ator e comediante foi dispensado pela sua empresa de agenciamento, a Tavistock Wood Management. Em declarações à “Deadline”, um porta-voz da empresa afirmou que a Tavistock “foi terrivelmente enganada” por Brand.

Entretanto, a BBC anunciou uma investigação interna ao período em que Brand trabalhou para a estação pública britânica, tendo removido, à semelhança do Channel 4, alguns episódios de séries e podcasts com o comediante das suas plataformas.

O YouTube, plataforma de vídeos na qual Brand gere um canal onde publica vários vídeos com teorias da conspiração de extrema-direita e anti-vacinas (que conta com mais de 6 milhões de seguidores), anunciou também que irá deixar de monetizar este tipo de conteúdos. Em declarações à Sky News, o jornalista Chris Stokel-Walker afirmou que Brand recebe, anualmente, entre 65 mil e 932 mil euros pelos seus vídeos.

Os espetáculos de stand-up comedy de Brand agendados para os próximos dez dias foram igualmente suspensos. Ao “The Guardian”, os promotores desses espetáculos - que tinham fins de caridade - lamentaram os adiamentos, “mas esperamos que o público compreenda o porquê”.

O contrato literário que Brand tinha com a editora Bluebird foi igualmente suspenso. Um representante da editora afirmou que as alegações feitas contra o comediante “são muito sérias”. Estava planeada uma nova edição de “Recovery: Freedom from our Addictions”, livro que Brand lançou em 2018, para maio do próximo ano.

Por seu turno, Brand descreveu todas as relações que teve como “promíscuas” mas “consensuais”, tendo sido defendido por Elon Musk e pelo autoproclamado “misógino” Andrew Tate. As autoridades britânicas já se encontram a investigar possíveis crimes.