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A grande lição de Caetano Veloso no Coliseu de Lisboa: navegar não é preciso, viver é que é

Caetano Veloso no Coliseu dos Recreios, Lisboa
Caetano Veloso no Coliseu dos Recreios, Lisboa
Rita Carmo

Naqueles que poderão ter sido os últimos concertos em Lisboa, o músico brasileiro, “baiano há 81 anos”, espalhou charme, ternura e modernidade. Crónica de uma noite feliz, à qual se voltou a juntar a portuguesa Carminho. Sorte de quem voltar a ‘abraçar’ Caetano Veloso, agora no Porto

No passado dia 7 de Agosto, o telemóvel de Caetano Veloso há de ter-se enchido de notificações de mensagens: o músico nascido há 81 anos em Santo Amaro, lá longe, na Bahia, tem amigos espalhados por todo o mundo que certamente quiseram assinalar tão importante marco. E – quem sabe?... – talvez algumas dessas mensagens tenham chegado de números com prefixo +351. O nosso mano Caetano é alma há muito acarinhada deste lado do Atlântico, um artista cujo mérito cultural acaba de ser agraciado com justa e oportuna condecoração atribuída pelo primeiro-ministro português, António Costa, e, talvez mais importante, com longos minutos de ovação por um Coliseu dos Recreios que, na última de três noites de apresentação do espectáculo “Meu Coco”, se rendeu sem impor condições. Ou talvez apenas uma, não dita, mas coletivamente sentida: que volte. “Sou baiano há 81 anos”, referiu Caetano ontem, já depois de ter explicado as fundas ligações que tem ao nosso país. “É sempre lindo, esse lugar”. Com Carminho – e o homem da guitarra portuguesa, André Dias – a seu lado para um intenso e sentido interlúdio fadista a meio do concerto, Caetano deixou claro que o amor que recebe daqui é retribuído em igual medida.

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