Exclusivo

Blitz

30 anos de “Siamese Dream”, dos Smashing Pumpkins: como uma banda em convulsão gravou um dos clássicos do rock dos anos 90

Smashing Pumpkins
Smashing Pumpkins
Getty Images

Em 1993, Billy Corgan levava a sua banda para Atlanta, no estado norte-americano da Geórgia, para afastar o baterista Jimmy Chamberlin das “más influências” de Chicago e gravar o segundo álbum dos Smashing Pumpkins. A braços com uma depressão, o timoneiro do grupo teve também de lidar com o final da relação de James Iha e D’Arcy, a pressão da editora e o seu perfeccionismo obsessivo. O resultado é o disco que eternizou ‘Today’ e ‘Disarm’ e conheceria impacto enorme dos dois lados do Atlântico: a 17 de agosto os Smashing Pumpkins foram pela primeira vez capa do jornal BLITZ. Os anos 90 recebiam de braços abertos os novos ídolos do rock alternativo

30 anos de “Siamese Dream”, dos Smashing Pumpkins: como uma banda em convulsão gravou um dos clássicos do rock dos anos 90

Lia Pereira

Jornalista

Nascido em março de 1967, filho de um guitarrista que descrevia como “drogado e maluco", mas “um grande músico”, WIlliam Patrick Corgan nunca foi a mais escorreita das estrelas rock dos anos 90. Numa era marcada pelos sons do grunge, acrescentava ao caldeirão da sua banda, os Smashing Pumpkins, pozinhos de dream pop e psicadelismo, fruto da paixão melómana por bandas intemporais como The Cure ou Pink Floyd. A sensibilidade que incutia às canções, e que convivia harmoniosamente com riffs de grande raiva elétrica, distinguia o grupo que formou com James Iha, D'Arcy Wretzky e Jimmy Charberlin dos seus companheiros de carteira, geração de Seattle à cabeça. Ainda assim, o eternamente insatisfeito Billy Corgan parece ter-se sentido sempre aquém, ou à parte, dos seus contemporâneos. Em 1995, recordava assim a digressão de promoção a “Gish”, o primeiro álbum dos Smashing Pumpkins, lançado em 1991: “Andávamos em digressão e esgotávamos os concertos todos. Tudo a correr bem, espetacular. De repente, boom! Os Nirvana. Passámos de futuras estrelas para banda que já tinha passado do prazo. As pessoas diziam-nos: 'se vocês eram assim tão bons, [o sucesso dos Nirvana] devia ter-vos acontecido a vocês.”

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: LIPereira@blitz.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate