Não será exagero dizer que o britânico Harry Edward Styles, ex-membro de uma das mais populares boy band modernas e estrela pop de pleno direito na última meia dúzia de anos, é um ídolo para muita gente. Para as 60 mil pessoas que teve à sua frente em Algés este verão (e as 20 mil que o viram, em Lisboa, em 2022) isso é um facto consumado.
Esta terça-feira, o artista nascido em Redditch (Inglaterra) há 29 anos subiu ao palco do Passeio Marítimo de Algés (por onde passaram, nas últimas semanas, nomes como The Weeknd, Arctic Monkeys ou Red Hot Chili Peppers) para cumprir aquele que é o penúltimo concerto da digressão “Love on Tour”. Trouxe música e algo mais: foi aqui que ajudou uma fã a dar um importante passo na sua vida. Enquanto olhava para os inúmeros cartazes erguidos em frente ao palco, uma das mensagens, de uma adolescente chamada Júlia, pedia ajuda para fazer o seu “come out”, o assumir da sua identidade de género ou orientação sexual.
Encarregado desta sensível tarefa, Styles e a sua banda improvisaram uma música (a letra reza: ‘we are coming out tonight’) e anunciou que, quando erguesse a bandeira LGBT que tinha na mão, estaria oficializado o momento de revelação. Euforia e celebração: assim é a ‘casa’ do Harry. Não existem armários para nos escondermos. Tudo é transparente e as nossas mais louváveis qualidades e os compreensíveis defeitos são celebrados em comunhão. É isto um ídolo?
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