Super Bock Super Rock: com os Franz Ferdinand não há surpresas, e isso é ótimo para quem veio dançar com eles ao Meco

Jornalista
Fotojornalista
Empoleirado em cima dos amplificadores, simpático, comunicativo e eternamente elegante: aos 51 anos, Alex Kapranos é, para o público português, um frontman de sonho. Há duas décadas à frente dos Franz Ferdinand, é também o único membro “de raiz” da banda, além de Bob Hardy, no baixo. Os restantes recrutas (Dino Bardot nas guitarras, Julian Corrie nas teclas e Audrey Tait na baterista) embarcaram nesta aventura entre 2017 e 2021, o que nos dá algumas pistas sobre o percurso recente da banda. Depois do impacto dos dois primeiros álbuns, cujas canções são, esta noite, recebidas em êxtase no Meco, a carreira dos Franz Ferdinand tem sido o inverso do título do seu álbum mais recente ("Always Ascending", ou seja, sempre a subir). É por isso natural que, à semelhança do que já sucedera no ano passado no Campo Pequeno, o alinhamento do espetáculo - esse sim, sempre em crescendo - se concentre nos dois primeiros álbuns. E, com uma energia à prova de bala, a ‘receita’ resulta: os grandes êxitos dos Franz Ferdinand caem que nem ginjas junto dos festivaleiros, que cantam, dançam e fazem, até, algum mosh nos temas mais celebrados. É praticamente como se estivéssemos em 2004, só que sem surpresas.
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