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Arctic Monkeys no NOS Alive: os ‘miúdos’ estão uns senhores, mas continuam a divertir-se

Arctic Monkeys no NOS Alive 2023
Arctic Monkeys no NOS Alive 2023
Rita Carmo

No seu décimo concerto em Portugal, terceiro no NOS Alive, os Arctic Monkeys provaram que já estão mais confortáveis na pele que ‘estrearam’ com o penúltimo álbum, e que consolidaram no mais recente “The Car”. 21 canções passaram pelo Passeio Marítimo de Algés, com abundância de ‘coolness’ e elegância.

Arctic Monkeys no NOS Alive: os ‘miúdos’ estão uns senhores, mas continuam a divertir-se

Lia Pereira

Jornalista

Arctic Monkeys no NOS Alive: os ‘miúdos’ estão uns senhores, mas continuam a divertir-se

Rita Carmo

Fotojornalista

Há cinco anos, os Arctic Monkeys estrearam no NOS Alive uma nova pele. Com “Tranquility Base Hotel & Casino” então editado há apenas dois meses, a banda parecia procurar adaptar-se à sonoridade mais lenta, sofisticada e quase lounge que experimentou nesse disco. A juntar a essas dores de crescimento, e tanto quanto a nossa memória pré-pandemia consegue reproduzir, nessa noite de julho de 2018 a energia da rapaziada de Sheffield não atingiu níveis exuberantes. “Paciência, eles hão de voltar”, costuma pensar-se nestas ocasiões de relativa desilusão. E assim aconteceu: primeiro no verão passado, para um concerto na primeira edição do MEO Kalorama, em Lisboa, e neste serão ameno de julho, para aquele que foi o seu terceiro espetáculo no festival, pelo qual passaram, também, em 2014.

Na comparação direta com o concerto de 2018, a impressão não podia ser mais positiva. Em 2023, e depois de mais um álbum numa toada semelhante à de “Tranquility Base…” - “The Car”, lançado no ano passado -, os Arctic Monkeys parecem mais confortáveis nesta sua nova direção. Num palco de desenho simples, mas elegante, onde o único elemento que se destaca é uma bola de espelhos gigante, ‘materialização’ da canção ‘There’s Better Be a Mirroball', Alex Turner, Jamie Cook, Nick O'Malley e Matt Helders, acompanhados por alguns músicos que ajudam a compor o som de palco, mostram-se uma banda adulta, sim, mas não enfadonha, e disposta a mergulhar no seu passado recente com mais convicção do que nostalgia. Quando a Alex Turner, dir-se-ia que, de tanto que cresceu como performer e, sobretudo, como intérprete, o fato finório - de crooner e entertainer - já lhe assenta melhor.

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