Carlão é o mais recente convidado do podcast Geração 70, conduzido por Bernardo Ferrão. O artista que durante quase 20 anos foi conhecido como Pacman, o nome pelo qual se deu a conhecer nos Da Weasel, no início dos anos 90, fala do bairro onde cresceu, em Cacilhas, de onde “saíram todo o tipo de pessoas”, desde membros do Governo a “bandidos e traficantes que acabaram presos”, e do percurso que o levou à música, nomeadamente aos grandes palcos que pisou com uma das bandas portuguesas de maior sucesso dos últimos trinta anos, entretanto reunida depois de longa paragem.
Questionado sobre os momentos mais sombrios da sua carreira, Carlão confessa: “Eu era o único da banda a consumir drogas duras (…) Tive muitas tentativas [de reabilitação] que correram mal e estava com as defesas tão em baixo, tão derrotado, que a coisa acabou por se dar.”
“Aquilo que fez com que não me espalhasse ao comprido foi a música. Só houve um álbum na carreira dos Da Weasel que eu gravei sob o efeito de drogas”, admite. “Íamos gravar um disco, eu fazia uma desintoxicação. (…) A música salvou-me, no meio daquele caos todo”.
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