Josh Homme revelou que lhe foi diagnosticado um cancro, no ano passado.
Em entrevista à revista “Revolver”, o líder dos Queens of the Stone Age não detalhou a situação, mas afirmou já ter sido submetido a tratamento para a remoção do tumor. Explicou, ainda, que o novo disco do grupo reflete esse período conturbado na sua vida pessoal.
“Não queria fazer um disco, mas estava a lidar com muita coisa. Quando passo por dificuldades, é isso que faço. É para aqui que vou para melhorar”, disse. “O cancro foi ‘apenas’ a cereja no topo do bolo de um período ‘interessante’. Sinto-me grato por poder ultrapassar isto, e no futuro irei olhar para ele como algo lixado, mas que me tornou melhor”.
Por “interessante”, Homme refere-se ao processo de divórcio da sua ex-mulher, Brody Dalle, com ambos a acusarem-se mutuamente de violência doméstica. Em março, Homme, os seus filhos e os seus pais conseguiram obter, em tribunal, uma ordem de restrição contra Dalle.
“Houve alturas em que quase não o consegui ultrapassar”, desabafou. “É bom pensar nisso, mas não é bom permanecer nesse espaço mental, a sentir pena de mim. Foram os quatro anos mais negros da minha vida, mas não há problema. Irei seguir em frente".
Em entrevista à BLITZ, que será publicada nos próximos dias, Homme afirmou que, apesar de tudo, não tenciona refrear-se: “Muita gente me diz que eu vivo no limite, e que tenho de ter cuidado. Eu acho que essas pessoas são demasiado cautelosas, e até as compreendo. Mas eu nunca vou chegar aos 72 anos”, contou.
“Isto não quer dizer que queira morrer, só significa que aceito que a vida é difícil, que é dura. Que é brutal. Os últimos quatro ou cinco anos têm sido, para mim, um exercício de aceitação. Em ano e meio, perdi nove pessoas próximas de mim. Parte de mim ficou destruída, e achei que não ia aguentar”.
O novo álbum dos Queens of the Stone Age, “In Times New Roman…”, será lançado na próxima sexta-feira. A 8 de julho, a banda irá atuar no NOS Alive.
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