
Continua passageiro frequente de uma “Never Ending Tour” e a próxima paragem é Portugal, com um concerto no Porto, esta sexta-feira, e em Lisboa, sábado e domingo. Mas algum dia saberemos verdadeiramente quem é Bob Dylan?
Continua passageiro frequente de uma “Never Ending Tour” e a próxima paragem é Portugal, com um concerto no Porto, esta sexta-feira, e em Lisboa, sábado e domingo. Mas algum dia saberemos verdadeiramente quem é Bob Dylan?
texto
A 24 de maio de 1941, no St. Mary’s Hospital, de Duluth, no Minnesota, nascia Shabtai Zisel ben Avraham, primeiro filho de Abram (Abe) H. Zimmerman e Beatrice (Beatty) Stone, segundo rezam as crónicas, um bebé de 3,5 quilos, “do tamanho de uma truta bem encorpada”. Não seria pelo nome judaico que o mundo o viria a conhecer, nem sequer pelo de Robert Allen Zimmerman do qual se desembaraçaria a 2 de agosto de 1962 trocando-o por Bob Dylan. Era a segunda geração de judeus ucranianos já nascidos em território norte-americano. O avô, Zigman Zimmerman (nome hebraico, Zisel — “Não faço ideia onde foram arranjar um apelido alemão”, diria o neto em entrevista à “Playboy”, de 1978), nascera no dia de Natal de 1875, no porto ucraniano de Odessa, e crescera num clima social de violento antissemitismo. Em 1907, fugindo aos pogroms do czar Nicolau II, chegaria a Nova Iorque e daí viajaria para noroeste, até Duluth. Três anos depois, trabalhava ainda como vendedor ambulante mas chamaria a mulher e os filhos para irem ter com ele aos EUA. Quando Abe nasceu, em 1917, Zigman — que, então, respondia já por Zigmond H. Zimmerman — era angariador de seguros para a Prudential Life Insurance. Abe seria vendedor de eletrodomésticos e senior manager da Standard Oil, mas a poliomielite acabaria por lhe destroçar todos os sonhos.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt