Billy Corgan esteve à conversa com o radialista norte-americano Zach Sang, para falar do impacto da Inteligência Artificial (IA) no mundo da música. Para o líder dos Smashing Pumpkins, a IA irá “mudar a música para sempre”.
“Assim que os jovens artistas entendam que podem recorrer à IA para viciar o sistema e compor-lhes uma canção melhor, não irão passar 10 mil horas numa cave, como eu fiz”, sublinhou, citado pelo “NME”.
“No fim de contas, a arte tem que ver com discernimento. Alguém no outro dia me disse que há um artista de rap, famoso, que junta uma série de produtores diferentes e escolhe o beat de que gosta mais (…) Façamos isso com a IA: ‘dá-me 50 beats das 50 melhores canções rap da história’. Isso inspira-me. É plágio? Não necessariamente, porque eu fiz a mesma coisa, mas em analógico”, explicou. “Ouvi 10 mil canções. Qual é a diferença? Continuará a ter que ver com discernimento, mesmo que seja a IA a dar-lhes escolhas”.
O problema, continuou o músico, estará nas divergências entre aquilo a que chama “artistas orgânicos” e os que irão recorrer à IA para criar canções. “Será muito difícil competir contra isso”, disse, “contra as pessoas que não sabem compor canções mas que têm um bom discernimento, que não sabem cantar mas têm o auto-tune. Se acham que hoje em dia há muita má música, esperem para ver”.
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