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Aos 81 anos, Paul Simon quer acreditar: “Seven Psalms” é um álbum sobre uma vida

Paul Simon
Paul Simon
Myrna Suarez

Em “Seven Psalms”, Paul Simon faz contas à sua vida, olhando para dentro como talvez nunca tenha feito antes. Um disco tocante

É extraordinário pensar que em quase sete décadas de carreira de escrita de canções, Paul Simon ‘só’ nos deu uma vintena de discos originais, incluindo a mão-cheia que fez em parceria com Art Garfunkel. O novíssimo “Seven Psalms”, que hoje é lançado, sucede a “In The Blue Light”, disco de 2018 em que revisitou alguns temas menos incensados da sua discografia. Os seus trabalhos são, portanto, preciosa e delicada filigrana, intrincadas conjugações de palavras e matéria musical que Paul Simon nunca escondeu serem frequentemente fruto de intenso burilar até atingirem a sua forma final. “Seven Psalms” é diferente: segundo Paul Simon, tudo lhe chegou durante um sonho.

“Estou sempre a tentar mover as coisas de uma forma fluida que nos coloca num sonho”, explicou o cantor num pequeno filme que antecipou a edição de “Seven Psalms”. “Quando estamos dispostos a entrar num espaço de sonho, estamos também preparados para deixar a nossa capacidade de julgar de lado.” Simon vai mais longe: “Toda esta peça é realmente uma discussão que estou a ter comigo próprio sobre acreditar ou não.” Pelos vistos, começa a acreditar.

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