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Rita Lee foi tudo menos aborrecida: a vida extraordinária de uma mulher indomável

Rita Lee
Rita Lee
Divulgação

Foi Mutante e estrela pop, feminista, ativista e bem-humorada (mas também corrosiva) cronista de uma sociedade que ajudou a transformar. Preferia ser “padroeira da liberdade” do que “rainha do rock”. Despediu-se, esta semana, aos 75 anos: “Se o passado me crucifica, o futuro já me dará beijinhos”

Quando publicou as suas memórias em Uma Autobiografia, em 2016, Rita Lee concedeu uma entrevista a Guilherme Samora, jornalista e amigo pessoal da cantora que foi igualmente responsável por montar uma exposição evocativa dos 50 anos da sua carreira. Recuperada agora pela “Rolling Stone Brasil”, essa é uma reveladora conversa, tida em 2021, pouco antes da artista ter conhecido o diagnóstico da doença que a acabou por vitimar nesta última segunda feira – um cancro no pulmão, aos 75 anos. Nessa ocasião, Lee mostrou-se resolvida com a vida depois de vários períodos tumultuosos motivados pela sua relação com drogas e álcool. Quando Samora referiu que o público jovem que visitou a exposição se detinha e fazia fila na secção em que se exibiam documentos da censura brasileira e fotos e outros artefactos do período em que Rita Lee esteve presa, em 1976, a cantora não teve dúvidas: “Gosto mais de ser chamada de ‘padroeira da liberdade’ do que ‘rainha do rock’, que acho um tanto cafona…”

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