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O hip-hop e o ‘drill’ “não são crime”, são “um diagnóstico da realidade”

O hip-hop e o ‘drill’ “não são crime”, são “um diagnóstico da realidade”

O último Relatório Anual de Segurança Interna estabelece uma ligação direta entre o hip-hop e o ‘drill’, um dos seus subgéneros, e o aumento da violência adolescente na área metropolitana de Lisboa. O académico e investigador António Brito Guterres discorda das conclusões e defende que estas expressões artísticas são “uma voz do que está a acontecer”, “não são nem nunca serão motor da criminalidade” e até podem estar “a salvar pessoas”

De acordo com o último Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), a criminalidade juvenil em Portugal subiu 50% em 2022. A polícia aponta o dedo ao hip-hop e ao drill, subgénero deste, defendendo que a violência adolescente na área metropolitana de Lisboa é inspirada no que se passa nos subúrbios de Londres e de Chicago, envolvendo grupos criminosos organizados que se dedicam ao tráfico de droga.

Para as forças policiais, a dinâmica destes grupos passa pela lealdade e de identificação a pertença a um determinado bairro, escola ou identificação com uma banda. O documento, a que o Expresso teve acesso, salienta que estes grupos têm como principal forma de expressão a gravação, edição e publicação de videoclips em que são referidas as vivências dos membros do grupo, as áreas ou bairros de que são originários e podem ter uma identidade grupal expressa através de sinais, tatuagens, cores ou agregadores digitais. À BLITZ, António Brito Guterres, investigador em estudos urbanos, manifesta uma posição bastante distinta da que consta do RASI, defendendo que a música produzida nesses meios deve ser vista não como causa de crime, mas como “um diagnóstico da realidade”.

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