A culminar uma noite de canções que marcaram uma carreira iniciada há 33 anos, e que contou com momentos que cruzaram o bom humor com a emoção (a portuguesa Filipa que o diga), Robbie Williams quis falar a sério às 20 mil pessoas que esgotavam a Altice Arena, em Lisboa, na passada segunda-feira.
Com o foco sobre si e o público em silêncio, recordou a insegurança da juventude, os dias em que se sentiu “gordo, feio, sem graça” e os “demónios” que enfrentou. “Os dias que se transformaram em meses, os meses que se transformaram em anos, os dez anos que se transformaram em vinte. Vinte anos de depressão.” As drogas que experimentou, “a cocaína, o ecstasy, a heroína – quem é que havia de dizer que o Robbie ‘fu**ing’ Williams dava na heroína? –, o álcool”. 2006, o ano em que conheceu a mulher, a atriz Ayda Field, e em que, por fim, começou a gostar de si “através dos olhos dela”.
Num clima de enorme emotividade, abria-se caminho para ‘Angels’, o maior sucesso de um percurso, como diria o artista no início do concerto, onde chegou aos “altos mais altos” e aos “baixos mais baixos”. Empaticamente, a plateia retribuiu com vozes afinadas e as luzes dos telemóveis acesas. Veja o vídeo de ‘Angels’ e as vénias finais.
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