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“Cristina, não vais levar a mal...”: a história de Midus, do adro da igreja da Moita aos grandes palcos de Londres e do mundo

Midus
Midus
Stuart Anning

Baixista e vocalista, Midus esteve no boom do rock português dos anos 80 com os Roquivários, fixando no imaginário coletivo o imorredouro refrão “Cristina, não vais levar a mal/ mas beleza é fundamental”. Gravou depois dois singles a solo e “desapareceu”, rumo a Londres, onde acabou por se estabelecer e tocar com grandes estrelas, de Bryan Ferry a Melanie C., das Spice Girls. 40 anos depois dos primeiros passos, lança o primeiro álbum a solo e conta, na primeira pessoa, uma história desconhecida

Midus foi um dos primeiros ícones rock femininos, uma artista cuja imagem marcou incontáveis adolescentes portugueses quando surgiu na cena como parte dos Roquivários, no arranque dos anos 80.

Nasceu em Lisboa, na Maternidade Alfredo da Costa. Os pais viviam então na Amadora, mas mudaram-se para a Moita quando ela contava apenas 4 anos. Quando tinha 9 anos, a família foi para Almada, mas a futura artista continuou a ir ter com os amigos à Moita regularmente para aí ensaiar os primeiros passos na música. Mais tarde, no início dos anos 80, correu Portugal de lés a lés, no tempo em que se começou a desenhar uma verdadeira cultura juvenil, com malhas orelhudas que tocavam na rádio, posters que se colavam nas paredes e concertos que se viviam na fila da frente. Lembra-se de ‘Cristina (Beleza É Fundamental)’, cujo refrão, uma década depois, Herman José reviveu vezes sem conta no programa “Roda da Sorte”? Era ela que o cantava.

Midus Guerreiro esteve no boom do rock português, antes de encetar carreira em Londres como baixista profissional. Nessa qualidadem tocou com grandes estrelas, de Tanita Tikaram a Mel C, das Spice Girls, mas só agora, no arranque de 2023, tem finalmente um álbum a solo, “Minhas Canções, Meus Amigos”. Nesse trabalho reúne um conjunto de pessoas que são marcas de um percurso rico que teve início no adro de uma igreja e se estendeu aos maiores palcos nacionais e internacionais. A história, conta-a ela mesmo, numa tarde em que voltou ao mesmo Chiado onde há muitos anos folheava revistas estrangeiras e sonhava com uma carreira profissional na música.

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