“A garota da voz de veludo”: as reações do mundo da música à morte de Gal Costa, de Gilberto Gil a António Zambujo
Gal Costa
São numerosas as vozes dos dois lados do Atlântico que lamentam a morte da artista brasileira, esta quarta-feira, aos 77 anos. Gilberto Gil recorda a “irmã Gaúcha”, António Zambujo agradece-lhe “por tanto”, Maria Bethânia admite que nunca pensou “em falar sobre a dor de perder a Gal”, Rita Lee lembra “a garota da voz de veludo”
A morte de Gal Costa, esta quarta-feira, aos 77 anos causou comoção e pesar no seu Brasil natal, bem como em Portugal, onde a artista atuou diversas vezes.
Gilberto Gil - seu contemporâneo e, ocasionalmente, colaborador - diz-se “triste e impactado” pela morte da sua “irmã Gaúcha”.
Três anos mais nova do que Gal Costa, mas também sua contemporânea no Tropicalismo, Rita Lee - que várias vezes cantou com Gal - lembra “a garota da voz de veludo”, publicando uma foto em que surge ao lado da artista agora falecida, no final dos anos 60.
Marisa Monte partilhou uma foto sua com Gal Costa, escrevendo: “Que vazio, que silêncio na música brasileira. Sua voz é eterna dentro de todos nós. Obrigada por ensinar tanto! Gal, luz infinita.”
Tim Bernardes, que cantou ‘Baby’ em dueto com Gal Costa no disco “Nenhuma Dor”, de 2021, e que escreveu para ela o tema 'Realmente Lindo", publicou uma longa mensagem, na qual reflete sobre a influência da artista na sua música.
“É muito chocante porque, [há] um pouco mais de um mês, estava com a Gal no palco do [festival] Coala. Ela estava radiante, emocionante, rocknroll, uma coisa impressionante. Muito antes de sonhar conhecer minha ídala, foram os primeiros discos dela, o jeito de cantar, a energia atómica, a musicalidade e voz dela que chacoalharam completamente minha cabeça adolescente. Mesmo sem conhecer ela, ela já era uma das professoras mais importantes da minha vida”, afirma Tim Bernardes, completando: “No meio da pandemia [fomos ao] programa do Bial para falar do disco com as parcerias, ali ela falou um lance que ficou marcado na minha cabeça e que logo voltou quando soube dessa tristeza hoje: ‘eu acho a vida um milagre’, porra, que milagre lindo que foi e é a vida da Gal. Te amo, Gal.”
Em Portugal, António Zambujo foi dos primeiros a lamentar a morte da artista: “Obrigado por tanto”.
Também do lado de cá do Atlântico, Rita Redshoes diz: “adeus, voz de anjo”, e Gisela João escreve: “Gal, inspiração pura, partiu.”
Emicida diz-se “arrasado”. Apelidando Gal Costa de “um presente que a existência nos deu”, o rapper confessa também “a alegria de poder ter tido a oportunidade de ouvi-la”.
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