Angel Olsen, que regressa a Portugal na próxima semana, para dois concertos no Capitólio, em Lisboa, deu uma longa entrevista ao “Expresso” na qual fala sobre o seu disco mais recente, “Big Time”, influenciado pela morte dos seus pais. Em 2021, a cantora-compositora anunciou, à família e aos fãs, ser homossexual. Pouco depois, perdeu, no espaço de dois meses, a sua mãe e o seu pai, que a haviam adotado em bebé.
Ao “Expresso”, a norte-americana fala sobre a inspiração de “Big Time” e sobre a relação próxima que tem com Portugal e sobretudo com Lisboa. “Quando vou a Lisboa, é sempre muito intenso. Às vezes de forma dramática, que me deixa a pensar muito”, afirma. “Sei que Lisboa está cheia de turistas, e eu também vivo num sítio em que o turismo mudou a forma de vida das pessoas. Por isso, quando estou em Lisboa sinto-me estranha por estar sempre aí caída. Mas depois penso: “Tenho bons amigos aqui, e sinto uma ligação a este sítio, porque as pessoas ouvem as letras.” Mas ouvem mesmo as letras! A única parte merdosa de ir à Europa é começar por Portugal. Porque, quando vou embora, é sempre a descer”, explicou, entre gargalhadas. “Nos outros países, as pessoas também ouvem as letras, mas é uma interação diferente, e penso que isso terá a ver com a história de Portugal e dos portugueses.”
Angel Olsen disse ainda que trará uma amiga a Lisboa. “Adoro quando posso partilhar a cidade com alguém que nunca aí foi. Fico: ‘Olha para isto! Podia olhar para esta fonte todo o dia!’ Mas estou certa de que é diferente quando se vive aí, já não devem querer saber da porcaria da fonte.”
Pode ler a entrevista de Angel Olsen ao Expresso aqui.
Angel Olsen toca no Capitólio, em Lisboa, a 26 e 27 de setembro.
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