Agir edita esta sexta-feira o álbum “Cantar Carneiros”. O sucessor de “No Fame”, de 2018, é um conjunto de canções acústicas que o artista diz ter nascido durante a pandemia e que “queria mais que fosse um disco verdadeiro do que um disco perfeito”. Em declarações à BLITZ, no podcast Posto Emissor, confessou que tinha um outro álbum pensado antes do período pandémico mas deixou-o de parte porque “era um disco mais dentro daquilo que se poderia eventualmente estar à espera” da sua parte.
“Se tenho um disco que já saiu, para quê fazer o 2.0 disso?”, acrescenta, “já lá está, quem gostar pode ir ouvir às plataformas. De maneira a que isto possa continuar a estimular-me, é fazer qualquer coisa que ainda não tenha feito, corra depois bem ou não. Nem sempre será feliz, mas eu pelo menos sou feliz enquanto estou a experimentar essas coisas diferentes”.
Invertendo o processo de composição, Agir diz que em vez de começar pela base instrumental, normalmente eletrónica, e só depois criar as letras ("é muito raro escrever um poema para depois musicar"), em “Cantar Carneiros” escreveu primeiro os poemas que depois musicou à viola “para poder harmonizar de outras maneiras” e apenas no fim pensou nos instrumentos que iria utilizar. “Posso dizer que editava muito as minhas vozes e gravava tudo até ficarem as palavras todas perfeitas, aqui gravei quase tudo ao primeiro ou segundo take da música, do início ao fim”.
“Era um disco que eu queria mais que fosse verdadeiro do que fosse perfeito”, acrescenta, “assumir que numa coisa ou outra pode haver um erro, algo que não está tão bem gravado... Era esse estar sem rede que me estava a estimular, portanto foi um bocado por aí”. O músico diz ainda que as canções nasceram das suas ”insónias crónicas" que já são mais “um modo de vida”.
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