A proposta de isenção de taxas municipais ao festival Kalorama, que se realiza pela primeira vez em Lisboa, desceu à 6ª Comissão da Assembleia Municipal de Lisboa (Direitos Humanos e Sociais, Cidadania e Transparência e Combate à Corrupção) e só poderá ser votada após a realização do festival.
Aprovada na passada sexta-feira em reunião privada da Câmara, a proposta garante aos promotores do festival, que acontece no Parque da Bela Vista entre 1 e 3 de setembro, cerca de 1,7 milhões de euros em isenções de taxas, como as de ocupação temporária de espaço público ou licença especial de ruído. Além de incluir também apoios para o fornecimento de água e eletricidade, o que faz o valor total subir para 2,1 milhões de euros.
Depois de aprovada na Câmara, esperava-se a confirmação da medida na Assembleia Municipal. Mas o PS fez um requerimento oral para que a proposta descesse à 6ª Comissão (Direitos Humanos e Sociais, Cidadania e Transparência e Combate à Corrupção), de forma a ser emitido um parecer que esclareça as dúvidas dos deputados. Entre essas dúvidas está, por exemplo, como apontou a deputada do Bloco de Esquerda Isabel Pires, o facto de o Parque da Bela Vista ficar parcialmente interditado entre o primeiro festival que lá se realizou este verão, o Rock in Rio (18 a 26 de junho), e o segundo, o Kalorama — num total, entre preparação e desmontagem, de mais de quatro meses de acesso limitado.
Com a decisão de a proposta descer à 6.ª comissão da Assembleia Municipal e com o período de férias em agosto, a votação pode só ocorrer após a realização do festival, mas tal não inviabiliza a aplicação da isenção de taxas municipais, caso seja aprovada.
Organizado pela House of Fun e pela Last Tour, o festival Kalorama define-se como um evento de “música, arte e sustentabilidade” e, embora o cartaz não esteja ainda fechado, foram já anunciadas as presenças de nomes como Arctic Monkeys, The Chemical Brothers, Nick Cave & The Bad Seeds, Ornatos Violeta, James Blake, The Legendary Tigerman e Peaches.
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