14 maio 2022 20:01

O grupo de Dublin estreia-se em Portugal no festival NOS Alive, em Algés, a 6 de julho
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Artífices do pós-punk e do rock alternativo, os Fontaines D.C. continuam a documentar o que significa ser irlandês. Agora radicados em Londres, veem Dublin à distância de muitos quilómetros — e alguns preconceitos. “Skinty Fia” é um disco magnífico
14 maio 2022 20:01
Para Grian Chatten, vocalista e letrista dos Fontaines D.C., ser irlandês é mais do que um passaporte ou uma bandeira — trata-se de uma identidade, que a banda de Dublin vem estudando desde o primeiro álbum, “Dogrel”, de 2019, no qual letras como “Dublin in the rain is mine/ A pregnant city with a catholic mind” mostravam bem ao que vinha o quinteto. Agora que todos os músicos (Carlos O’Connell e Conor Curley nas guitarras, Conor Deegan III no baixo e Tom Coll na bateria) vivem em Londres, a banda vê-se ‘de fora’, à distância de cerca de 450 quilómetros que os separa de casa e numa metrópole onde, garantem, ser irlandês ainda significa lidar com preconceitos e piadolas. Esta posição de forasteiro acaba por servir de inspiração aos Fontaines D.C. cujas canções habitam uma esfera entre a raiva e a contemplação, nos idiomas do pós-punk e do rock alternativo que dominam de forma cada vez mais personalizada.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.