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Os Arcade Fire têm a receita para o desmascarado mundo novo: “WE”, um álbum de êxtase e libertação (e nós já o ouvimos)

Arcade Fire
Arcade Fire

Ainda nos lembramos da primavera de 2020? Ruas tomadas pelo silêncio, um planeta a acreditar que tudo isto tinha um propósito profundo, que serviria para nos transformar. E um sem fim de ‘lives’ no Instagram a sugerir que as comunidades do futuro poderiam assentar arraiais num metaverso longe do coração, mas perto da vista. Os Arcade Fire lembram-se bem de tudo isso. E fizeram um disco a pensar num amanhã que não tem de ser assim. “WE” chega esta sexta-feira

Em “Everything Now”, o álbum de 2017, Win Butler e companhia — incluindo, ainda, o irmão de Win, Will (que, entretanto, abandonou o grupo após as gravações de “We”) — pressentiram a queda no abismo digital e procuraram refletir sobre o mundo povoado de influencers. A pandemia poderia certamente ser o reset que todos necessitávamos, a pausa no turbilhão que nos permitiria repensar tudo. “We”, o disco que esta sexta-feira é lançado, começou a ser gravado cinco minutos antes do mundo se fechar, em fevereiro de 2020, e viu os seus trabalhos prolongarem-se por boa parte do último ano.

Nas suas plataformas de comunicação, Win Butler revelava que a sintonia com os tempos parecia perfeita: “Já andávamos a explorar muitas temáticas poéticas e musicais que estranhamente se relacionam com o que está a acontecer agora”, dizia o artista canadiano em abril de 2020. “Temos até uma canção chamada ‘Age of Anxiety’ escrita há um ano, por amor de Deus. Escusado será dizer que a escrita se intensificou e que está a correr bem. Os desafios são tão grandes como sempre, mas o propósito é ainda maior.”

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