Carlos Tê, autor de numerosas letras emblemáticas cantadas por Rui Veloso, abordou o fim da parceria que manteve com a voz de 'Chico Fininho'.
"As coisas acabam naturalmente. Foram 25 anos, é muito tempo", afirmou, em entrevista à revista "Sábado". "Excetuando o primeiro disco, em que tive uma participação só ao nível da escrita, nos outros sempre estive muito perto do estúdio. Fazer discos dessa maneira implica passar a vida a correr para Lisboa. Só mesmo quando se é novo!".
Em 2020, Rui Veloso foi convidado do Posto Emissor, podcast da BLITZ, confessando nessa altura que, depois de terminada a parceria com Carlos Tê, ficou "difícil" encontrar letras para cantar. "O Carlos Tê desligou-se, foi à vida dele, e fica difícil cantar qualquer coisa. Eu não canto qualquer coisa. Gajos do nível do Tê há dois ou três", explicou então, recordando uma colaboração que terminou em 2005.
Para Carlos Tê, houve "uma certa saturação e as coisas perdem a sua frescura. Não adianta insistir numa coisa em que já foi feito quase tudo e em que eu não acredito muito. A música popular teve o seu apogeu e agora perdeu a sua centralidade."
Questionado sobre as "relações felizes para sempre", Carlos Tê, que na mesma entrevista fala também sobre a sua ligação aos Clã enquanto letrista, considera que relações felizes "não [existem] em lado nenhum, não sei porque é que haveria de haver aqui".
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt