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Há 50 anos, “Pink Moon” não salvou Nick Drake mas deu-lhe a eternidade. A história do disco de uma dor sem fim (com um episódio português)

Detalhe da capa de "Pink Moon", de Nick Drake, lançado em 1972
Detalhe da capa de "Pink Moon", de Nick Drake, lançado em 1972

Lançava-se em 1972 a derradeira peça de uma trilogia que não surtiu impacto no seu tempo mas que é hoje vista como indissociável do panteão folk. “Pink Moon” fazia-se de voz, guitarra e dor. Uma receita que ofereceu ao mundo um disco extraordinário que – facto pouco conhecido – teve canções compostas em Portugal, um retiro que não salvou Nick Drake

"Pink Moon", o derradeiro álbum de Nick Drake, fez 50 anos. Hoje uma referência maior do lado mais íntimo e confessional do 'cantautorismo', mas um perfeito desconhecido na sua Inglaterra natal durante o breve período em que decorreu a sua carreira: lançou o seu trabalho de estreia, "Five Leaves Left", no verão de 1969 e faleceu a 25 de novembro de 1974 quando contava apenas 26 anos, vítima de ingestão, porventura acidental, de barbitúricos. Logo na sua estreia, talvez sabedor da curta passagem que teria neste plano, Drake cantava “and time has told me /not to ask for more /for someday our ocean /will find its shore”. O facto de, meio século volvido sobre o seu derradeiro trabalho, se continuarem a dedicar palavras e pensamentos à sua música confirma que, realmente, esse oceano de emoções contidas na sua obra encontrou a costa que lhe era devida.

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