O que importa é confrontar o Executivo com os seus erros e limitações e exigir-lhe que faça a sua obrigação, isto é, que governe. É nessa exigência que a oposição (pelo menos a sensata) tem de se concentrar
Sem nada substantivo para apresentar e sem qualquer margem de recuo, António Costa optou por algo em que a apurada burocracia portuguesa é boa: um formulário
Se não podemos confiar num primeiro-ministro, sequer, para escolher os seus colaboradores mais diretos, como poderemos entregar nas suas mãos as tarefas da governação?
António Costa não parece ter entendido o alcance do repto do Presidente da República quanto à essencialidade de, em 2023, não desperdiçar o que só de nós depende. Porque apenas essa falta de compreensão pode explicar a remodelação pífia que levou a cabo
O teor, autocongratulatório e, em simultâneo, desfasado da realidade, da mensagem de Natal de António Costa, deixou bem patente a sua indisponibilidade para reconhecer os erros e, muito menos, para os corrigir
Os tiques de autoritarismo multiplicam-se. E o Governo ainda não chegou a nove meses de funções. Estranho, por isso, o silêncio do Presidente da República perante este estado de coisas
O voto dos cidadãos serve para eleger os seus representantes, mas já não é útil ou adequado nas situações em que os mesmos representantes considerem que o resultado pode ser, porventura, inconveniente?