Bolsonaro pondera instalação de base militar dos EUA no Brasil. Motivo? A Rússia
Presidente brasileiro afirma-se preocupado com a proximidade entre a Rússia e a Venezuela
Presidente brasileiro afirma-se preocupado com a proximidade entre a Rússia e a Venezuela
Jair Bolsonaro admitiu a instalação de uma base militar norte-americana em território brasileiro, conforme afirmou na quinta-feira à noite durante a sua primeira entrevista enquanto Presidente, à SBT, rede de televisão brasileira.
“Se pensarmos no que poderá acontecer no mundo, quem sabe se não teremos de discutir esta questão no futuro”, disse Bolsonaro, esclarecendo que a hipotética base militar seria em todo o caso “simbólica”, uma vez que “o poder militar norte-americano é capaz de chegar a qualquer parte do mundo”. Quanto à localização da base, não desvendou o local.
O presidente brasileiro também se afirma preocupado com a proximidade entre a Rússia e a Venezuela. Em dezembro do ano passado, os dois países realizaram manobras militares conjuntas em território venezuelano que incluíram dois bombardeiros estratégicos russos. As manobras foram criticadas pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo. “Sabemos o que pretende o Governo de Nicolás Maduro e o Brasil deve preocupar-se com isso”, afirmou Bolsonaro.
Durante a entrevista, elogiou o primeiro-ministro israelita, Netanyahu, e o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban - ambos estiveram presentes na sua cerimónia de tomada de posse em Brasília, capital do Brasil. E reforçou que pretende, de facto, transferir a embaixada brasileira de Telavive para Jerusalém e emitir um decreto que permita aos brasileiros sem antecedentes criminais ter armas de fogo.
Na quarta-feira, e durante uma reunião com Mike Pompeo, Bolsonaro já se tinha comprometido a fortalecer a cooperação entre EUA e Brasil na área da economia e da segurança, assim como na luta contra os “regimes autoritários” de Cuba e Venezuela.
Questionado esta sexta-feira por vários jornalistas sobre a instalação da referida base militar, Bolsonaro limitou-se a repetir que Brasil e Estados Unidos são “amigos”.
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