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José Mattoso: o tempo, o modo e o monge (1933-2023)

José Mattoso: o tempo, o modo e o monge (1933-2023)
Foto António Pedro Ferreira

Foi galardoado com o primeiro Prémio Pessoa, em 1987, dirigiu o arquivo nacional da Torre do Tombo e balançou entre a vida monástica e a família. Mas, acima de tudo, é o grande responsável por um novo olhar sobre a História de Portugal e das suas origens.

Não é forçoso ser-se monge beneditino para escrever sobre os tempos medievais, mas no caso de José Mattoso, os anos passados na abadia de Singeverga (Santo Tirso) ajudaram-no olhar de outra forma para o passado, a começar pela presença da Ordem de São Bento em Portugal durante a Idade Média. Da consulta dos arquivos e da reflexão haveria de nascer um novo olhar sobre a História de Portugal e, sobretudo, das suas origens. Como escreveu o historiador Bernardo Vasconcelos e Sousa na revista do Expresso em 2013, “antes do decisivo contributo de Mattoso, os estudos sobre a origem de Portugal não distinguiam muitas vezes a lenda da realidade. Neste particular, grande parte do que veio a estabelecer foi de tal modo assimilado que hoje se considera como óbvio, embora estivesse completamente ausente da historiografia portuguesa anterior”.

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