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Um piano afinado pelo respeito: Maria João Pires é um dos 50 nomes escolhidos para assinalar os 50 anos do Expresso

Um piano afinado pelo respeito: Maria João Pires é um dos 50 nomes escolhidos para assinalar os 50 anos do Expresso
Foto António Pedro Ferreira

Procurou desde cedo transformar o piano “num instrumento lírico, num instrumento que canta” e defende que umas das razões do seu sucesso é não se sobrepor aos compositores, mas sim ”servir a obra". Saiu de Portugal durante alguns anos, mas voltou a tempo de receber a Medalha de Mérito Cultural e a Grã-Cruz da Ordem do Infante. O perfil de Maria João Pires é um dos 50 escolhidos para assinalar os 50 anos do Expresso, a que juntamos 50 que poderão marcar o futuro do país

Não faltaram grandes pianistas no Portugal do século passado: Helena Sá e Costa (1913-2006), que, tendo estudado com Vianna da Motta, ensinou sucessivas gerações, de Pedro Burmester a Adriano Jordão ou António Pinho Vargas; Olga Prats (1938-2021), que interpretou obras de Lopes-Graça e acompanhou ao piano o coro da Academia dos Amadores de Música, das poucas vezes em que este pôde apresentar publicamente as “Canções Heroicas”; ou Nela Maissa (1914-2014), vinda para Portugal em 1939, para escapar às perseguições mussolinianas (era casada desde 1936 com um judeu português), e a quem se devem interpretações pioneiras de obras de Armando José Fernandes ou Olivier Messiaen. Mas, se fosse preciso fazer uma escolha salomónica e referir apenas uma pianista portuguesa, dificilmente a escolha não recairia em Maria João Pires.

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