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António Variações
Uma faísca fora do seu tempo

<span style="color:#e4bb81">António Variações</span> <br>Uma faísca fora do seu tempo
Foto Rui Cunha

Nasceu em Amares, no Minho, em 1944. Juntava a alegria dos arraiais da sua terra ao cosmopolitismo das noites de Nova Iorque, Londres ou Amesterdão, que conheceu. Em 1981 vai ao popular programa de Júlio Isidro, “O Passeio dos Alegres”, e conhece finalmente o sucesso comercial, que seria porém efémero. Morreu em 1984 de uma pneumonia, resultado do enfraquecimento do seu sistema imunitário devido à sida, doença então praticamente desconhecida e sobre a qual circulavam os mais variados mitos. António Variações é um dos 50 escolhidos para assinalar os 50 anos do Expresso, a que juntamos 50 que poderão marcar o futuro do país

Chegou a Lisboa com 11 anos para trabalhar como marçano de mercearia. Estudou à noite. Foi para Amesterdão, onde aprendeu o ofício de cabeleireiro. Voltou, abriu o seu próprio salão, na Rua de São José, em Lisboa, em cujas ruas se foi tornando conhecido devido à excentricidade do vestuário. Paralelamente, decidiu também ser artista de variedades. Ele, que não sabia música, apontava as letras num caderno e gravava o que a sua inspiração lhe ditava em cassetes caseiras, pois não tinha outra forma de registar as suas criações. Teve um breve momento de glória, entre 1982 e 1984, com dois álbuns gravados e múltiplas presenças na rádio e na televisão e nos palcos. Morreu antes de completar 40 anos, tendo sido a primeira figura pública portuguesa a morrer de uma doença então desconhecida e rodeada de uma aura sinistra: a sida.

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