Grécia vive onda de calor sem precedentes, com dezenas de incêndios ativos
Previsões indicam que o país poderá estar a viver a onda de calor mais prolongada de sempre. Termómetros devem ultrapassar os 40ºC ao longo dos próximos dias
Previsões indicam que o país poderá estar a viver a onda de calor mais prolongada de sempre. Termómetros devem ultrapassar os 40ºC ao longo dos próximos dias
Jornalista
Com as altas temperaturas a não darem tréguas, várias regiões da Grécia estão a ser assoladas por dezenas de incêndios que já obrigaram à evacuação de algumas localidades e praias, como aconteceu este sábado na ilha de Rodes.
De acordo com a Reuters, navios da guarda costeira e mais de 20 embarcações privadas ajudaram a retirar cerca de duas mil pessoas das praias nas regiões de Kiotari e Lardos, na parte sueste da ilha, informou hoje o Corpo de Bombeiros grego.
O combate às chamas, que deflagraram numa área montanhosa na terça-feira e que foram descendo Kiotari, já danificaram três hotéis desta vila balear, noticia ainda a Reuters. O incêndio que está a ser combatido com a ajuda de aviões e bombeiros enviados pela Eslováquia está a ser dificultado igualmente pelos ventos fortes que se fazem sentir e pelas altas temperaturas que não amainam.
A Grécia é um dos países que está a ser atingido pela onda de calor que afeta várias zonas da Europa, esperando-se que os termómetros atinjam este domingo os 45ºC e que as temperaturas continuem muito altas até ao final do mês. As pessoas estão a ser aconselhadas a ficar em casa e alguns dos locais mais turísticos, como a Acrópole, em Atenas, serão encerrados durante as horas de maior calor nos próximos dois dias, escreve a BCC.
É previsível que vários recordes sejam batidos neste mês de julho e um deles deverá ser a onda de calor mais prolongada de sempre. Segundo o diretor do Observatório Nacional de Atenas, citado pela imprensa internacional, a atual onde de calor deve prolongar-se durante “16 a 17 dias, o que nunca aconteceu no país”.
Aliás, não é só aí que se batem recordes, com vários países da Europa, como Itália e Espanha, a costa oeste dos Estados Unidos – em Phoenix, capital do Arizona, as temperaturas não baixaram dos 32ºC durante 70 dias, lembra o jornal “The Guardian” - e o Norte de África a sentirem os efeitos conjugados das alterações climáticas e do regresso do El Niño, o fenómeno climático que provoca altas temperaturas e ciclones tropicais.
O mês passado já foi considerado o mais quente junho desde que há registos e o de julho arrisca-se a ser o mais quente de sempre na Terra nas últimas “centenas, se não milhares de anos”, declarou na semana passada Gavin Schmidt, diretor do Instituto de Estudos Espaciais da NASA.
Artigo atualizado às 22h56 com a informação de que 2000 pessoas foram retiradas de Rodes
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