Enquanto os dirigentes mundiais discutem as alterações climáticas e como lidar com elas, perto de Sharm El-Sheikh os seus efeitos fazem-se sentir. Reportagem com famílias para quem a subsistência é um desafio permanente
Sulaiman Awad tem no seu furo de água doce e potável a maior riqueza da família
Tomás Guerreiro
A carne de um camelo derrete pela berma da estrada que atravessa o deserto Sinai. O esqueleto de um animal infesta o ar. A poucos metros vê-se a casa de uma família beduína que extrai água doce do subsolo para a vender nas redondezas. Eis a sobrevivência humana a 150 quilómetros da COP27.
Sulaiman Awad considera-se um homem rico aos 43 anos, porque é dono de um poço fértil que bombeia água doce de 100 metros de profundidade até à superfície. É proprietário de água para beber e água para vender. O furo irriga-lhe uma pequena estufa e as sementeiras cultivadas em pleno deserto.
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