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COP27

COP27 no Egito é “uma falha grave”, dizem ambientalistas: país com “regime sanguinário” não vai permitir protestos de ativistas

A 27.ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas realiza-se no paraíso turístico de Sharm el-Sheikh, no Egito
A 27.ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas realiza-se no paraíso turístico de Sharm el-Sheikh, no Egito
SAYED SHEASHA

Uma lei antiprotesto no Egito não autorizará a mobilização da sociedade civil na 27.ª conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas. “Está a ser retirado aos cidadãos um direito extremamente importante”: os ativistas não conseguirão exercer pressão sobre as negociações, o que vai resultar numa cimeira “sem qualquer escrutínio”. A COP27 começa este domingo e termina a 18 de novembro

A 27.ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas começa este domingo e vai realizar-se na estância turística de Sharm-el-Sheik, no Egito. O problema? O governo repressivo do Presidente Abdel Fattah El-Sisi. O Egito tem uma lei antiprotesto que proíbe qualquer reunião pública sem a aprovação do Ministério do Interior. Isto significa que não serão permitidas manifestações organizadas pela sociedade civil, durante a cimeira, para exercer pressão sobre as negociações climáticas. É “uma falha grave” que não deposita “qualquer confiança” na COP27, dizem os ambientalistas ouvidos pelo Expresso.

Um lado positivo destas grandes conferências pelo clima são as contracimeiras, ou seja, a mobilização de grupos de ativistas e de ONGAs (organizações não governamentais de ambiente). Costumam sair à rua milhares de pessoas, em protestos e marchas, pedindo a concretização de medidas urgentes para travar e mitigar a crise climática, como se viu em Glasgow, Escócia, na COP26. Este ano, podem apenas ser autorizadas algumas manifestações num edifício adjacente ao centro de conferências, mas não no espaço das negociações, nem nas ruas.

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