O México enfrenta uma das piores crises hídricas de sempre. Mais de 60% do país sofre de “seca severa, extrema ou excecional”, segundo o Instituto Mexicano para a Competitividade, e não é expectável que a situação melhore até maio. O tempo quente e seco, agravado pelas alterações climáticas, e o sistema de água pouco eficiente são as principais causas.
A escassez hídrica já afeta 1613 dos 2469 municípios — o que equivale a 65% do território. Se em 1960, a disponibilidade de água era de 10.000 metros cúbicos, agora é de apenas 3200. E se a tendência continuar, estima-se que em 2030 fique abaixo dos três mil metros cúbicos, como relata o jornal local “Milenio”.
“Estamos atualmente num período de seca, com muito pouca chuva, que começou em dezembro e vai durar até maio, quando começa a época dos ciclones tropicais”, informou o Comité Técnico de Exploração de Obras Hidráulicas da Conágua, a Comissão Nacional de Água.
No México, é preciso esperar até maio ou junho para haver um aumento significativo da precipitação que possa recuperar a água nos reservatórios. Isto significa que o stress hídrico vai piorar até lá.
O coordenador estatal da Proteção Civil, Arturo Galindo Cavado, estima por isso que a percentagem do território nacional em seca possa aumentar ainda mais. “Pelo menos 70% do estado vai entrar numa situação de seca atípica. É uma preocupação muito grande”, admitiu ao mesmo jornal.
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