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Sem tara retornável, copos reutilizáveis vendidos nos festivais tornam-se “iguais aos outros copos descartáveis”

Do Primavera Sound ao NOS Alive, os principais festivais de música já desistiram das taras retornáveis dos copos reutilizáveis
Do Primavera Sound ao NOS Alive, os principais festivais de música já desistiram das taras retornáveis dos copos reutilizáveis
Rita Carmo

Reaver o dinheiro pago pelo copo era um dos principais incentivos à sua reutilização, mas isso já não acontece nos maiores festivais de música portugueses. Promotores de eventos falam em “operação logística complexa e caríssima” que não compensa a devolução da tara. Ambientalistas criticam prática que leva a uma “produção excessiva de resíduos”

Sem tara retornável, copos reutilizáveis vendidos nos festivais tornam-se “iguais aos outros copos descartáveis”

Mara Tribuna

Jornalista

Os copos de plástico reutilizáveis vendidos nos festivais de verão estão a tornar-se descartáveis. Se antes tinham uma caução de um euro que era reembolsada ao consumidor quando o copo era devolvido, agora são comercializados como brindes e recordações dos eventos. “Na prática estão a vender os copos”, o que leva a uma “produção excessiva de resíduos”, denuncia a ambientalista Conceição Lopes, da equipa de Resíduos da Quercus.

De norte a sul, do Primavera Sound ao NOS Alive, os principais festivais de música do país já desistiram das taras retornáveis. A maioria aceita que os festivaleiros tragam copos de edições anteriores ou mesmo de outros eventos, no entanto, não permitem a devolução e reembolso dos que são comprados, como seria suposto. Reaver o dinheiro da tara era um dos principais incentivos à reutilização. Caso contrário, tornam-se “iguais aos outros copos descartáveis”, continua Conceição Lopes.

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