Construção, manutenção, funcionamento e demolição: as diferentes etapas da vida de um edifício são responsáveis por quase 40% das emissões globais de gases com efeito de estufa (GEE). E, ao ritmo atual, a pegada de carbono dos imóveis deverá continuar a aumentar. Até 2050, terão de ser adicionadas 13 mil casas todos os dias só para acompanhar o crescimento da população mundial — segundo as Nações Unidas, haverá mais 2,5 mil milhões de pessoas a viver em cidades nas próximas três décadas.
O funcionamento diário de uma casa, escritório, centro comercial ou fábrica é o que consome mais energia e gera o chamado “carbono operacional”. Na União Europeia, por exemplo, a utilização de um edifício é responsável por 90% do seu consumo energético e, para tal, contribuem a iluminação, cozinha, aquecimento e refrigeração de espaços, bem como o uso de equipamentos elétricos e eletrónicos.
“A utilização de um edifício é de longe a etapa com maior impacto, sobretudo considerando o elevado tempo de vida de um edifício, que pode chegar aos 100 anos”, esclarecem numa resposta conjunta Paulo Ferrão e Ricardo Gomes, investigadores de ecologia industrial e sustentabilidade no Centro de Inovação, Tecnologia e Investigação Política, no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.
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