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Clientes do Santander podem ver pegada carbónica das suas compras na App do banco

Clientes do Santander podem ver pegada carbónica das suas compras na App do banco

O banco liderado por Pedro Castro e Almeida lançou uma nova funcionalidade que permite aos clientes conhecer o nível de poluição provocado pelas compras que fazem. A aplicação do banco também permite compensar essas emissões de CO2 com a compra de créditos de carbono

Já diz o provérbio popular que longe da vista, longe do coração. Olhar para um telemóvel e ver a quantidade de CO2 que é produzida pelas nossas compras do dia a dia pode ter um impacto de consciencialização e refrear o nosso consumo.

O Santander lançou uma nova funcionalidade na sua aplicação para telemóveis que permite aos clientes do banco conhecer e compensar a sua pegada de carbono, com base nas compras efetuadas com cartão bancário e nos débitos diretos.

A pegada de carbono pode ser consultada numa base mensal, sendo apresentada em kg de CO2 emitidos para a atmosfera, bem como o seu equivalente em árvores que seriam necessárias para a compensar. Por exemplo, um cliente que no mês de abril tenha feito compras equivalentes a 150 kg de CO2, se mantiver esse mesmo nível e perfil de compra durante 12 meses, precisará de plantar sete árvores para compensar a pegada carbónica das suas compras (ver imagem).

Depois de ter lançado esta funcionalidade em Espanha e na Polónia, os clientes do banco em Portugal também poderão passar a conhecer a pegada carbónica das suas compras. Segundo um comunicado do banco enviado ao Expresso SER, o cálculo das emissões é feito pela Global Factor, uma consultora especializada em alterações climáticas, “de acordo com o montante em euros e o setor de atividade associado a cada transação (restauração, supermercados, lazer e bem-estar, transportes, educação, vestuário, entre outros)”.

O banco, no seu site, garante que este processo de recolha de informações respeita a proteção de dados e a privacidade dos clientes, tendo esta metodologia sido auditada pela empresa de consultoria Deloitte.

Além de medir a pegada carbónica das compras, esta aplicação vai mais longe e permite ao cliente compensar essa mesma pegada. O que é isto de compensar? A compensação de carbono é o processo de financiamento de projetos que reduzem ou eliminam as emissões de gases com efeito de estufa para compensar as suas próprias emissões, de modo a obter uma pegada de carbono líquida nula. Ou seja, o cliente polui com as suas compras, mas, simultaneamente, está a ajudar um projeto, por exemplo, de reflorestação.

No site do banco é possível consultar alguns dos projetos que têm créditos à venda, tais como o reflorestamento de Vichada, na Colômbia, que é um projeto junto do rio Orinoco que combina a reflorestação com a proteção da biodiversidade e a restauração dos ecossistemas. O preço de compensação por kg é de 0,01 euros. O cliente também pode optar, por exemplo, por apoiar o VTRM Energia Renovável 2, que é um projeto que consiste na implementação e exploração de centrais de energia renovável no Brasil. Neste caso, o preço de compensação por kg é de 0,0117 euros.

No comunicado enviado ao Expresso SER, o banco liderado por Pedro Castro e Almeida afirma que a compra de créditos é feita através da plataforma ClimateTrade que usa a tecnologia blockchain para seguir o rasto do crédito que foi comprado pelo cliente para ajudar um determinado projeto.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

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