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Mulheres continuam em minoria nos cargos de chefia no Estado, Governo diz que elas têm “falta de tempo”

Mulheres continuam em minoria nos cargos de chefia no Estado, Governo diz que elas têm “falta de tempo”
valentinrussanov

Em cada 10 trabalhadores no Estado, seis são mulheres. Mas em cada 10 cargos de chefia de topo, apenas quatro são do sexo feminino, isto apesar de terem mais formação e experiência. A secretária de Estado da Igualdade diz ao Expresso que está a mudar a “visão estereotipada de que a mulher não está vocacionada para ocupar órgão de direção”. Sindicato pede quota 50/50

Uma semana depois de o Conselho da União Europeia ter aprovado a diretiva que promove uma representação mais equilibrada entre homens e mulheres nos conselhos de administração das empresas, fomos analisar os últimos números da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, que mostram que continua a haver mais homens (57%) do que mulheres (43%) a ocuparem cargos de chefia na Administração Pública, ou seja, dirigentes superiores de 1.º grau e 2.º grau. Isto apesar de haver mais mulheres na Administração Pública (por cada 10 trabalhadores nas administrações públicas, mais de seis são mulheres), terem mais experiência (a idade média das mulheres nas administrações públicas é superior à dos homens em 1,3 anos) e terem mais formação. No Boletim Estatístico do Emprego Público (BOEP) lê-se que o nível de tecnicidade (proporção de trabalhadores com nível de escolaridade de ensino superior) das mulheres nas administrações públicas era superior ao verificado para os homens: 62,2% e 43,2%, respetivamente.

Em resposta ao Expresso, o Governo garante que não anda de braços cruzados e remete para duas leis aprovadas nos últimos cincos anos: a lei de 2017, que impôs um regime de representação equilibrada entre mulheres e homens nos órgãos de administração das empresas públicas e empresas cotadas em bolsa; e a lei de 2019, que alargou esta lógica de representatividade aos cargos dirigentes na Administração Pública. A Secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, defende que esta lei “veio pôr termo não só ao desequilíbrio, em desfavor das mulheres nos cargos de dirigente superior, mas também relativamente ao facto de a percentagem de mulheres aumentar, quanto mais baixo for o grau de dirigente em causa”.

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