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PoSat-2 e Prometheus-1 são os satélites que se seguem e que confirmam 2024 como o ano do Espaço em Portugal

Ilustração que pretende representar um dos satélites da constelação Aton a orbitar a 500 quilómetros da Terra
Ilustração que pretende representar um dos satélites da constelação Aton a orbitar a 500 quilómetros da Terra
DR

A indústria nacional vai fechar 2024 com mais dois lançamentos de satélites. Prometheus-1 promete levar a Universidade do Minho no encalço das estrelas, e PoSat-2 vai dar início a um novo serviço de comunicações. Mais pequenos, menos duradouros e mais baratos - assim são os satélites de nova geração

O ano ainda não acabou e os manuais de história ainda terão de ser escritos, mas dificilmente 2024 deixa de ficar conhecido pelo regresso de Portugal ao Espaço. Depois de uma espera de mais de 30 anos sem lançamentos que dessem um sucessor ao PoSAT-1, a “reconquista” do espaço foi retomada, em março, com o lançamento do Aeros MH-1, pelas mãos de um consórcio liderado pelo centro de investigação CEIIA e a Thales Edisoft. A 9 julho seguiu-se o primeiro satélite universitário português com a chegada do ISTsat-1 aos céus. E neste momento já há quem foque a atenção em dois lançamentos previstos para outubro: um da Universidade do Minho, e um segundo desenvolvido pela Lusospace, que até tem o nome de PoSAT-2, mas promete lançar as fundações de um serviço que é um misto de Waze e Twitter dos mares.

“Já existem dois ou três satélites que operam com a mesma tecnologia que vamos lançar no PoSAT-2, mas nós vamos ser os primeiros a ter uma constelação a operar com esta tecnologia”, sublinha Ivo Vieira, líder da Lusospace. “Este primeiro satélite da Lusospace tem o nome de PoSAT-2 por tributo ao PoSAT-1, e porque pessoas como eu aprenderam muito ao trabalhar com o primeiro satélite português. Mas os restantes satélites da nossa constelação Aton deverão ter outros nomes”, acrescenta o gestor.

A constelação Aton arranca com o batismo do primeiro satélite feito à medida da nostalgia, mas tem os olhos bem fitos numa evolução tecnológica que promete transformar a monitorização e as comunicações em navios, enquanto cruzam os oceanos. “Se o AIS já é obrigatório em navios com mais de 300 toneladas, então o VDES também vai ser obrigatório para esse tipo de navios”, prevê Ivo Vieira.

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