Tudo começa com um e-mail que se faz passar pela Autoridade Tributária (AT) ou a EDP, mas os verdadeiros alvos são as contas bancárias que os consumidores mantêm nos principais bancos e instituições financeiras que operam em Portugal. Não sendo totalmente inéditos, os métodos revelam um esforço de adaptação com a inserção de códigos específicos e muitas palavras e marcas em português. Perante este cenário descoberto no primeiro trimestre de 2023, a SentinelOne, que tem sede nos EUA, não teve muitas dúvidas: um grupo cibercriminoso brasileiro, cuja identidade assume contornos de mistério, lançou uma campanha focada nos clientes dos bancos portugueses. A campanha foi batizada de Operação Magalenha.
“Podemos imaginar as razões que levaram os cibercriminosos a escolher estes alvos, mas o idioma e o conhecimento da cultura local provavelmente deram um contributo. Vemos, muitas vezes, os cibercriminosos a lançar ataques a alvos que eles conhecem bem e que apresentam maiores taxas de sucesso para os seus esforços”, explica Tom Hegel, investigador de ciberameaças na SentinelOne, num e-mail de resposta a questões do Expresso.
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