Portugal é o 19º país com maior expectativa de vida saudável após os 65 anos, mas tem melhora significativa desde 2014

Portugal regista uma das maiores subidas no tempo de vida saudável após os 65 anos na União Europeia
Portugal regista uma das maiores subidas no tempo de vida saudável após os 65 anos na União Europeia
A partir dos 65 anos, os portugueses vivem em média mais 8,4 anos saudáveis, revelou o Eurostat na última sexta-feira, com dados relativos a 2023. O país está em 19º lugar entre os europeus e um pouco abaixo da média continental, que é de 9,4.
O estudo considera “anos saudáveis” como o período em que uma pessoa é capaz de viver sem limitações devido à saúde.
Os países com melhores números são Noruega (expectativa de 14 anos), Suécia (13,9) e Malta (12,5). A Eslováquia, com 4,9, fica em último na lista.
Os dados são diferentes para homens e mulheres, sendo o 8,4 uma média portuguesa entre os dois sexos. No caso masculino, a expectativa é de 9,1 anos, enquanto o feminino está abaixo, com 7,8.
Este levantamento é realizado anualmente desde 2004. No período, Portugal viu a qualidade de vida da população melhorar consideravelmente. Quando os dados foram coletados pela primeira vez, o português médio tinha apenas 4,4 anos saudáveis à sua frente na idade idosa.
Dez anos depois, o número já havia subido consideravelmente, chegando a 6,2 – um crescimento de cerca de 41%. Agora, com a nova melhora, o país está entre os três europeus com a alteração mais positiva desde 2014. Apenas Itália (3,1) e Eslovénia (3,6) conseguiram superar Portugal, revela o Jornal de Negócios.
A expectativa de vida em Portugal é de 82,5 anos, mas este dado também muda de acordo com o sexo. Homens vivem menos (79,5), enquanto as mulheres têm vidas mais longas (85,3).
Sendo assim, proporcionalmente, pessoas do sexo masculino aproveitam mais tempo saudáveis do que as do sexo feminino (91% de suas vidas contra 84%).
Na Europa, Portugal está em 10º lugar na lista de países com maiores expectativas de vida, empatado com a Bélgica. Suíça (84,3 anos), Espanha (84) e Itália (83,5) são os três primeiros, enquanto a Letônia (75,6) está em último.
Texto escrito por João Sundfeld e editado por Mariana Adam
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