Grávida que se deslocou a cinco urgências e perdeu bebé foi atendida adequadamente, diz Direção Executiva do SNS
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Sem revelar pormenores do trajeto da grávida, a Direção Executiva assegura que foi dado o tratamento adequado à mulher nos vários atendimentos realizados em hospitais da região de Lisboa
A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) garante que a mulher que perdeu o bebé recém-nascido, depois de se ter deslocado a cinco urgências de Obstetrícia diferentes, ao longo de duas semanas, na reta final da gravidez, foi atendida segundo as normas adequadas.
Após uma avaliação preliminar, a DE-SNS diz esta quarta-feira, em comunicado, que, “em todos os momentos, terá sido garantido o acesso aos cuidados de saúde dentro dos parâmetros assistenciais definidos para o atendimento”.
A mulher de 37 anos estava grávida de 40 semanas quando, num espaço de 13 dias, se deslocou aos serviços de Urgência dos hospitais de Setúbal, Barreiro, Garcia de Orta, Cascais e Santa Maria, com queixas de dores abdominais e após ser reencaminhada pela linha SNS Grávida.
O bebé viria a morrer após uma cesariana no Hospital de Santa Maria, a 23 de junho, na sequência de uma indução de parto.
Da análise de todo o trajeto, que a DE-SNS diz não pormenorizar por razões de confidencialidade, a entidade conclui que a mulher “terá sido devidamente referenciada para os serviços de urgência” e, uma vez neles, foi observada e “avaliada de forma atempada por profissionais de saúde qualificados, submetida aos exames e avaliações considerados necessários, tendo recebido as orientações consideradas adequadas”.
A Direção Executiva do SNS já comunicou as conclusões ao Ministério da Saúde e à Ordem dos Médicos, assegura também o comunicado.