As Unidades Locais de Saúde (ULS) acabaram o exercício de 2024 com um prejuízo que ultrapassa os 1500 milhões de euros, noticia hojeo "Jornal de Notícias". As novas megaestruturas, que integram hospitais e centros de saúde, além dos três institutos de oncologia, chegaram ao final do ano com resultados operacionais negativos que demonstram a falta crónica de investimento e de eficiência.
Segundo os dados da Administração Central do Sistema de Saúde, obtidos pelo "JN", todas as regiões do país "acumularam perdas", sendo a do Norte de 560 milhões de euros, a de Lisboa e Vale do Tejo de 533 milhões, a do Centro de 287 milhões e a do Alentejo e Algarve de 82 e 71 milhões respetivamente. Os números de 2023 e 2024 não permitem comparações, uma vez que no último ano foram criadas 31 novas ULS, no âmbito da reforma do SNS.
No ano de 2024 registou-se também um número inferior de pagamentos em atraso, coincidindo com a injeção de 975,5 milhões de euros aprovada pelo Governo para pagamento de dívidas aos fornecedores. O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, nota que a situação se repete de ano para ano -"É um balão que incha e volta a desinchar" – pois, em geral, a receita não cobre a previsão de despesa.
Em 2025, o Governo prevê a transferência de 13,9 mil milhões para o SNS. A secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé, disse este mês no Parlamento que os contratos-programa de 2025 já foram assinados com todas as ULS.
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