Em dois dias, os conselhos de administração das Unidades Locais de Saúde (ULS) da Lezíria, do Alto Alentejo e de Leiria foram demitidos. A direcção executiva justifica as “mudanças” com “novas abordagens de gestão”, mas que não foram compreendidas por toda a gente, especialmente tendo sido feitas no período de inverno e na época das Festas, que historicamente impõe mais desafios à gestão hospitalar.
Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, diz que “não é ideal a mudança ter sido feita neste momento” e diz não encontrar “nenhuma justificação” para as demissões.
Lembra, no entanto, que as mudanças nas administrações hospitalares com as mudanças de cor política não são de agora. E lamenta-o. “Administrar um hospital é uma função técnica, não tem de ter uma dimensão política”.
Recorda também que “muitas administrações estão prestes a completar um ano de mandato”. E passado este primeiro ano em funções, “o governo passa a ter de pagar uma indemnização para fazer mudanças nas administrações”.
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