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Medicamentos com preço, sem preço, com etiqueta, rasurados. Bula para decifrar uma “confusão instalada” nas farmácias

Medicamentos com preço, sem preço, com etiqueta, rasurados. Bula para decifrar uma “confusão instalada” nas farmácias
Regis Duvignau/Reuters

Utentes estão a comprar remédios sem preço na embalagem, com preço marcado diferente do que consta no recibo, com preço tapado por etiquetas brancas ou até com o valor riscado a caneta. Obrigatoriedade de retirar Preço de Venda ao Público das caixas desde janeiro coincidiu com a revisão anual dos valores na sexta passada e o circuito ‘entupiu’. Há casos de farmacêuticos insultados ao balcão por quem se julga enganado. Mas, bem explicada, a mudança é para melhor

As caixas de medicamentos deixaram de ter preço?

O Preço de Venda ao Público (PVP) vai desaparecer de todas as embalagens de remédios. A alteração foi aprovada pelo Governo em dezembro passado e entrou em vigor logo no início deste ano. “Todos estivemos de acordo, porque todos os anos, quando era feita a revisão dos anual dos preços, normalmente entre março e abril, milhões de embalagens iam para trás. As farmácias devolviam-nos tudo o que tinham, nós aos laboratórios para remarcação dos novos preços e depois o processo inverso. Até tudo estar concluído, demorava, pelo menos, um a dois meses”, explica Nuno Flora, presidente da Associação de Distribuidores Farmacêuticos, ADIFA.

E enquanto o processo decorria, “era uma confusão” e ‘pagava’ o utente, simplifica Ema Paulino, presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF). “Daqui para a frente, vai ser mais simples e contribuir para diminuir a escassez de medicamentos por deixarem de existir essas ineficiências, que incrementam os custos. É uma medida positiva, desde logo porque deixam de existir esses períodos de transição para remarcação de preços.”

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