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Saúde

Urgências: “Sinto-me amaldiçoado por gostar tanto de ser médico internista”

Profissionais denunciam falta de elementos nas equipas “a ponto de ser perigoso trabalhar”
Profissionais denunciam falta de elementos nas equipas “a ponto de ser perigoso trabalhar”

Afluência às urgências está a retomar o (novo) normal. O Expresso falou com quatro médicos internistas que contam como passaram pelo pico da gripe nas urgências de hospitais do Serviço Nacional de Saúde. E explicam que, apesar de haver menos doentes, muitos problemas permanecem

Há mais de uma semana que a gripe dá sinais de trégua. O Instituto Ricardo Jorge refere uma epidemia com tendência decrescente e o Portal do SNS números de afluência às urgências menores. O pior parece ter já passado e os hospitais começam a retomar a normalidade: do caos momentâneo para o congestionamento permanente. O diagnóstico é feito por médicos de três dos SOS mais problemáticos do país: Amadora-Sintra, Loures e Santa Maria, em Lisboa, com quem o Expresso falou.

“Antigamente, as dificuldades passavam após o pico das infeções respiratórias, agora é um contínuo. O normal é chegar à Urgência e cada médico ter 10, 15 doentes para ver”, conta uma especialista em medicina interna do Hospital de Santa Maria. “Tem-se vindo a notar um agravamento das equipas manifestamente insuficientes. Já tivemos um assistente a assegurar toda a assistência”, reforça um colega do Amadora-Sintra.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: varreigoso@expresso.impresa.pt

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