Saúde

Ministro da Saúde diz que crise política condiciona negociações com médicos e recorda que o “acordo estava muito longe” de estar fechado

Ministro da Saúde diz que crise política condiciona negociações com médicos e recorda que o “acordo estava muito longe” de estar fechado
JOSÉ COELHO/LUSA

A última reunião entre o Ministério da Saúde e os sindicatos médicos estava marcada para a passada quarta-feira, mas foi cancelada na sequência do primeiro-ministro, António Costa, ter pedido a demissão. Pizarro afirma que tem de ver, “de forma realista”, como poderá voltar a sentar-se à mesa de negociações com os sindicatos

O Governo está a examinar as condições para voltar a negociar com os sindicatos médicos, disse hoje o ministro da Saúde, reconhecendo que, apesar de estar em plenas funções, "não pode olhar para o futuro como antes da crise política".

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) pretendem retomar de imediato as negociações com a tutela, considerando que o Governo está em plenitude de funções e que não deve empurrar os problemas do Serviço Nacional de Saúde para o próximo executivo.

A última reunião entre o Ministério da Saúde e os sindicatos médicos estava marcada para a passada quarta-feira, mas foi cancelada na sequência do primeiro-ministro, António Costa, ter pedido a demissão.

Questionada à margem da conferência "A Digitalização da Saúde ao Serviço das Pessoas", em Lisboa, promovida pela Convenção Nacional de Saúde sobre se vai retomar as negociações, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou que o Governo está a examinar as condições que tem para fazer essa negociação.

Manuel Pizarro adiantou que, "apesar do esforço do Governo para se aproximar daquilo que eram as reivindicações dos médicos", a avaliação que faz é que ainda se estava longe de alcançar o acordo.

"Concordamos em mudar de forma faseada o horário de trabalho para as 35 horas, concordamos em mudar, de forma faseada, o número de horas na urgência de 18 para 12 horas, concordamos com uma evolução salarial muito significativa, mas apesar de todas essas evoluções do Governo, a avaliação que tínhamos é que estávamos ainda muito longe de fechar um acordo", sustentou.

Portanto, vincou: "Temos que ver que condições temos, de forma realista, para retomar esse debate".

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