“É um caos, um caos”: nenhum hospital dos Açores faz abortos, mulheres forçadas a viajar para Lisboa para IVG

Mulheres estão sem acesso à IVG no arquipélago. Já em 2022, quatro em cada cinco tiveram de ir a Lisboa
Mulheres estão sem acesso à IVG no arquipélago. Já em 2022, quatro em cada cinco tiveram de ir a Lisboa
Jornalista
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“Fiz um teste e deu positivo.” Este é o início da história que ‘Carolina’ [nome fictício] gostaria de não ter de contar. “Entrei nas urgências e uma ecografia confirmou a gravidez. Estava de cinco semanas. Mas o doutor que me recebeu disse que só me poderia encaminhar para interrupção voluntária da gravidez (IVG) quando visse o embrião e ouvisse os batimentos cardíacos.” ‘Carolina’ insistiu que não queria seguir com a gravidez e sabia que a lei não a obrigava a esperar mais tempo. Só que no Hospital de Ponta Delgada, a sua cidade, não lhe deram opção senão regressar a casa e voltar dali a “uma ou duas semanas”, tendo desde logo avisado a mulher de 38 anos: “Vai ter de ir a Lisboa.”
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