Saúde

Manuel Pizarro e as negociações com os médicos: “O acordo não pode pôr em causa o serviço que o SNS presta”

Manuel Pizarro e as negociações com os médicos: “O acordo não pode pôr em causa o serviço que o SNS presta”
Rui Oliveira

"Este tem de ser um acordo bom para os portugueses, bom para o SNS e que compense os profissionais”, disse o ministro da Saúde, esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas após reunir com os sindicatos. A reunião negocial terminou sem um consenso sobre as condições do trabalho médico no Serviço Nacional de Saúde

Cátia Barros

Jornalista

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, disse, esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas após reunir com os sindicatos, que o "acordo [com os médicos] não pode pôr em causa o serviço que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) presta à população".

A reunião terminou sem um consenso sobre as condições do trabalho médico no Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Este tem de ser um acordo equilibrado. Tem de ser um acordo bom para os portugueses, bom para o SNS e que compense os profissionais”, esclareceu Manuel Pizarro. O ministro da saúde destacou que, para já, "todas as propostas estão em aberto”.

Pizarro esclarece que “há vontade de chegar a acordo o mais depressa possível”. No entanto, o ministro da saúde sublinha que o mesmo não pode "diminuir a capacidade de ação dos profissionais".

“Nunca há uma única oportunidade para chegar a acordo", diz o ministro. Este domingo, Manuel Pizarro volta a reunir-se com os sindicatos. “Todas as propostas estão em aberto e a contraproposta do Governo vai ser feita. Tudo será negociado”, acrescentou.

Quando questionado sobre a greve geral de enfermeiros anunciada para 10 de novembro e a greve ao trabalho extraordinário em novembro e dezembro por parte dos enfermeiros, Pizarro diz confiar no “bom senso e profissionalismo dos profissionais”, uma vez que "os cuidados de saúde não podem estar em causa”.

Em causa está a valorização do salário base, um regime laboral menos penoso e a redução dos turnos nas urgências: Sem acordo, centenas de médicos vão estar ausentes dos serviços, sobretudo das urgências, com a entrada em efeito das minutas de recusa ao trabalho extra excessivo.

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