Saúde

Durão Barroso pede “uma resposta global mais forte para proteger contra futuras pandemias”

Durão Barroso pede “uma resposta global mais forte para proteger contra futuras pandemias”
Nuno Veiga

Atual presidente da Aliança Global para as Vacinas diz que COVAX é “a resposta mais bem sucedida da história a uma emergência sanitária mundial” por ter evitado "mais de 2,7 milhões de mortes”

Cátia Barros

Jornalista

O antigo presidente da Comissão Europeia e antigo primeiro-ministro de Portugal, José Manuel Durão Barroso, diz ser “evidente que é necessária uma resposta global mais forte e coordenada para proteger contra futuras pandemias”. Num artigo publicado no Project Syndicate, Durão Barroso considera-se “satisfeito” pela “Assembleia Geral das Nações Unidas ter adotado uma declaração política sobre prevenção, preparação e resposta a pandemias”, em setembro deste ano.

O ex primeiro-ministro de Portugal acredita que “outra pandemia é uma certeza evolutiva” e, por isso, alerta para a urgência de “implementar medidas práticas para preservar os conhecimentos adquiridos durante a pandemia de Covid-19 e para melhorar os mecanismos inovadores que dela resultaram”. Na perspetiva de Durão Barros, um “eventual tratado” sobre o assunto deixará “o mundo estará mais bem preparado para a próxima emergência de doenças infecciosas”.

Durão Barroso, que liderou a Comissão Europeia entre 2004 e 2014, lembrou que “o número oficial de mortes por Covid-19 está a aproximar-se dos sete milhões” e que, atualmente, “o mundo já está a enfrentar mais emergências de saúde relacionadas com o clima, incluindo surtos de doenças infecciosas como a cólera e a febre amarela”.

No mesmo artigo, o atual presidente da Aliança Global para as Vacinas, congratula o Mecanismo de Acesso Global às Vacinas contra a Covid-19 (COVAX), uma vez que já foram distribuídas “quase dois mil milhões de doses de vacinas”. Segundo escreve, a “grande maioria foi para países de baixo rendimento, onde 81% dos profissionais de saúde e 67% dos idosos receberam pelo menos duas doses”. O mecanismo terá conseguido “evitar mais de 2,7 milhões de mortes” e, por isso, “é, sem dúvida, a resposta mais bem-sucedida da história a uma emergência sanitária mundial”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cbarros@expresso.impresa.pt

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