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O “possivelmente cancerígeno” aspartame: adoçantes artificiais estão mais presentes em alimentos “nutricionalmente pouco interessantes”

O “possivelmente cancerígeno” aspartame: adoçantes artificiais estão mais presentes em alimentos “nutricionalmente pouco interessantes”
Catherine Falls Commercial

Ainda este mês, a Organização Mundial da Saúde poderá declarar o aspartame – substância artificial amplamente usada por ser doce e sem calorias – como “possivelmente cancerígeno”. Se é certo que um refrigerante com açúcar não é saudável, um outro com adoçante artificial também não será boa opção. Um nutricionista explica ao Expresso os riscos e recomendações a ter em conta

Os alarmes soaram há uma semana, quando a Reuters avançou que o aspartame – um dos adoçantes artificiais mais utilizados globalmente – vai ser declarado como “possivelmente cancerígeno” pela Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão deverá ser anunciada ainda este mês.

Descoberto em 1965 pelo químico americano James Schlatter, o aspartame é um edulcorante, ou seja, uma substância que “mimetiza o gosto doce”, explica José Camolas, nutricionista do serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Hospital de Santa Maria, ao Expresso. “Como é o caso de outros adoçantes não energéticos, não calóricos, tem um poder adoçante muito superior ao da sacarose, do açúcar que usamos habitualmente.”

Ao longo dos últimos anos, este tipo de substâncias “tem-se tornado muito presente” numa diversidade de alimentos, que “habitualmente são doces”: desde refrigerantes, pastilhas elásticas, rebuçados, gelatinas ou bolachas – funcionando como substitutas do açúcar. “Dada a disponibilidade de novos resultados de investigação, o aspartame foi recomendado como altamente prioritário para avaliação”, justifica a OMS.

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