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Saúde

Solução do Governo vai manter mais de um milhão de portugueses sem médico

Manuel Pizarro, ministro da Saúde
Manuel Pizarro, ministro da Saúde
MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA

Novas unidades de saúde familiar anunciadas pelo ministro da Saúde permitem aumentar lista de utentes por médico de família e reduzir a procura de cuidados hospitalares, mas só serão capazes de assistir 200 mil a 250 mil dos 1,5 milhões de utentes sem médico de família. Leia aqui o que vai acontecer com esta “mudança profunda” nos centros de saúde

O que significa o anúncio do ministro da Saúde de “transformar todas as unidades de saúde familiar (USF) em USF com remuneração associada ao desempenho”?

Manuel Pizarro quer dar continuidade à reforma dos cuidados primários definida há décadas e assente em unidades de saúde familiar (USF), ou seja, numa espécie de cooperativas de profissionais que prestam cuidados assistenciais à população inscrita nos cuidados de saúde primários. Este modelo de organização dos centros de saúde pode ter três formas, distintas face ao nível de autonomia e ao modelo de remuneração. No modelo A, a gestão e os vencimentos são similares aos da função pública, no tipo B os profissionais organizam-se voluntariamente para gerir a unidade, beneficiando de autonomia funcional e de uma remuneração com base no desempenho. Na última versão, modelo C, trata-se de uma cooperativa, clínica. Esta tipologia está prevista, mas nunca saiu do papel. Concluindo, Manuel Pizarro quer passar as atuais USF-A para USF-B, com médicos, enfermeiros, secretários clínicos e demais elementos a auferirem uma remuneração com uma parcela fixa e com outra variável, em função da produtividade.

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